A alveolite dentária é uma complicação comum após a cirurgia de extração dentária. Uma vez que há o aparecimento dos sintomas da condição, o cirurgião-dentista deve ser consultado o quanto antes.
Saiba mais sobre a alveolite aqui, causas, sintomas e formas de tratamento:
Alveolite, o que é?
Afinal, o que é alveolite? A alveolite é o estado inflamatório do alvéolo, cavidade presente no osso da mandíbula e maxilar, local em que a raiz do dente se encaixa e do ligamento periodontal.
A alveolite pode ser classificada como alveolite seca ou alveolite supurativa, no qual a primeira se trata da ausência do coágulo sanguíneo, que não se forma ou é removido ou deslocado por acidente, e a segunda, de quando há a evolução para um processo infeccioso no alvéolo dentário.
Quanto à pressão, o coágulo sanguíneo tem um papel essencial para a proteção do alvéolo dentário, o osso e os tecidos que o envolvem, uma vez que ficam expostos após a cirurgia. O coágulo também possui um papel importante para a cicatrização e o crescimento de um novo osso e tecido mole.
Vale ressaltar que a inflamação da alveolite é causada justamente pela não formação do coágulo ou seu deslocamento, que acabam levando não só a inflamação, mas também infecção.
Sintomas da alveolite
É muito importante se atentar quanto aos sintomas da alveolite para que o tratamento mais adequado seja feito o quanto antes.
Os sintomas começam a ser percebidos depois de 1 a 3 dias da realização da extração, podendo perdurar cerca de 5 a 6 dias. São eles:
- Mau hálito (halitose);
- Forte dor no local da extração;
- Dor irradiada para os ouvidos, olhos, têmpora e pescoço;
- Dor que piora no período da noite e não passa mesmo com o uso de analgésicos orais;
- Gosto ruim na boca;
- Formação de um pequeno inchaço na face;
- Fadiga e mal-estar geral;
- Aumento eventual da temperatura corporal – podendo passar os 38 graus;
- Hipertrofia (aumento de volume) dos gânglios linfáticos do local que foi feita a cirurgia;
- Gengiva da zona da extração muito avermelhada, inchada e sensível ao contato;
- Presença de pus no interior no alvéolo (alveolite purulenta);
- Febre (principalmente em casos de alveolite purulenta);
- Perda do apetite;
- Aumento da salivação.
Diante de alguns desses sintomas, é essencial consultar o dentista ou o cirurgião buco maxilo facial para que seja feita a avaliação do caso e o encaminhamento para o tratamento mais indicado.
Tratamento da alveolite
A alveolite, mesmo que possua uma regressão complicada e demorada, pode ser tratada, seguindo atentamente o seu plano de tratamento.
Além da avaliação visual, o dentista também poderá encaminhar o paciente para a realização de uma radiografia, se certificando assim que não haja nenhum fragmento de dente deixado para trás, descartando a possibilidade de osteomielite (infecção óssea).
Após a identificação do problema, o tratamento irá focar na amenização da dor, partindo da lavagem do alvéolo dentário com solução salina, do procedimento de curetagem no alvéolo para a limpeza da região comprometida e preenchimento com produtos medicamentos para o alívio das dores e promoção da cicatrização dos tecidos.
Em casos de infecções, abordagens anti-infecciosas (desinfecção) serão tomadas em consultório.
Feito isso, o cirurgião dentista irá fazer a prescrição da medicação indicada, seja por analgésicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, de acordo com os sintomas percebidos. Vale ressaltar que diante da infecção, o uso de antibióticos tende a ter uma duração superior do que quando usado no tratamento de outras infecções.
Além disso, o dentista pode indicar que o paciente realize o bochecho com um enxaguante com Clorhexidina 0,12% por um certo tempo, associado a uma boa higiene bucal, aplicação de compressas geladas para aliviar a dor e incômodo.
Os gargarejos também podem ser feitos com soluções salinas, uma vez que o sal possui propriedades antissépticas, fazendo com que haja a redução dos efeitos da inflamação, melhorando assim o tempo de recuperação.
É essencial entender que a automedicação não é uma escolha, já que a alveolite é um problema que engloba regiões mais profundas da arcada dentária, além de ser capaz de proporcionar complicações mais graves, como uma infecção óssea, devendo ser tratada o quanto antes para não evoluir para problemas como esse.
Prevenção
Além do tratamento, caso você ainda vá fazer a cirurgia de extração de siso, é importante considerar que certos cuidados a serem tomados antes e depois da cirurgia são capazes de reduzir a probabilidade de se desenvolver a alveolite dentária.
Antes da cirurgia é importante se atentar quanto a redução ou a abstinência do cigarro.
Também vale suspender qualquer medicação que possa acabar interferindo por meio da formação de coágulos. No dia da cirurgia, o elixir à base de Clorhexidina 0,12% deve ser bochechado em consultório.
Já depois da cirurgia, é importante evitar alguns maus hábitos, são eles: comer comida quente e sólida, refrigerantes ou álcool, fumar (nos primeiros dias após a cirurgia, segundo o dentista), praticar algum esporte ou atividade física intensa, escovar a zona tratada na semana de pós-operatório.
A aplicação de compressas de gelo sobre a região da extração e as boas práticas de higiene bucal (escovação de 2 a 3 vezes ao dia com uma escova macia e passagem diária de fio dental) também são determinantes para o sucesso do tratamento.
Visitas regulares ao dentista
As visitas regulares garantem ao paciente a oportunidade de realizar consultas odontológicas e oferecem ao profissional a possibilidade de acompanhar a sua saúde bucal, prevenir e tratar problemas, como a alveolite.
Além disso, por meio das visitas regulares é possível estabelecer um histórico odontológico, o que garante que o dentista tenha acesso aos procedimentos odontológicos já realizados e a possíveis tratamentos para garantir a sua saúde bucal.
A visita a uma clínica odontológica OralDents não visa só um sorriso mais bonito, mas também uma melhor qualidade de vida.
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